A campanha política este ano além do fator pandemia ocorreu também a disseminação de pesquisas falsas, e isso é um tiro na democracia, pois dificulta a compreensão do eleitor da disputa política, principalmente em Palmas.
Sérgio Marra/Boca Maldita TO
Se já não bastasse a grande quantidade de candidatos de oposição a prefeito em Palmas, o que por si só beneficia a atual prefeita Cínthia Ribeiro, a cada semana aparece uma ou duas pesquisas, patrocinadas por candidatos com baixos índices de intenção de votos, mas que na pesquisa, surpreendentemente, tem mais que o dobro, alguns até o triplo das intenções de votos que realmente tem.
Dessa forma uma grande porcentagem dos eleitores que não se decidiram ficam perdidos. A quem beneficia isso? Em primeiro lugar a própria prefeita Cinthia que mantêm seu eleitorado cativo, pode até não ter margem de crescimento devido a rejeição, mas se mantêm em primeiro e com grande diferença dos demais candidatos.
Mas para o segundo pelotão embolado na disputa, onde pelo menos cinco candidatos seguem com 12% pra baixo na preferência dos palmenses, a situação é mais difícil, pois mesmo que algum se sobressaia dos demais não tem como se comunicar com os eleitores já descrente em pesquisas. E assim, esse distanciamento e posicionamento em segundo lugar, a princípio, em nada ajudará ao não conseguir se comunicar com o eleitor, ficará patinando sem conseguir avançar com reais condições de disputar com a primeira colocada, perdendo o tal voto útil, aqueles que votam no candidato que está melhor posicionado.
Se no começo da campanha os vários candidatos oposicionistas já estavam numa sinuca de bico, agora, na reta final, tem mais essa questão a ser resolvida. Acontece que o tempo está extremamente curto, 16 dias para as eleições. Coelhos terão que ser retirados da cartola pelos marqueteiros e encontrar um caminho.
Outra saída seria a renúncia de algumas candidaturas que nada representam no contexto eleitoral neste momento. Mas parece que algumas candidaturas são "laranjas", como ocorre em toda eleição, para inviabilizar a projeção deste ou daquele candidato.
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