Operação Espectro II da Polícia Civil, a tal "caça-fantasmas", esteve na Assembléia do Tocantins, desta vez "visitando" os gabinetes dos deputados Toinho Andrade (PHS) e Amélio Caires (SD). Segundo a polícia 11 servidores estariam recebendo sem trabalhar, a estimativa é que tenham causado mais de R$ 1,5 milhão de prejuízo aos cofres públicos.
Sérgio Marra/Boca Maldita (TO)
Através dos depoimentos colhidos os "servidores fantasmas" devolviam 80% do salário para o vereador de Porto Nacional, Tony Márcio Andrade (PSD). Filho de quem? De quem? Do deputado Toinho Andrade.
Esse mesmo deputado que hoje foi eleito presidente da Assembléia Legislativa do Tocantins por 21 votos, dos 24 que poderiam votar. Numa demonstração de quê os parlamentares pouco se lixam pra ética, moral ou qualquer coisa que deveriam servir de parâmetros para que um cidadão exerça o papel de representante do povo.
Representam a si mesmos e seus interesses. Os mesmos 21 eleitores de Toinho Andrade para a presidência participaram na noite anterior de um jantar, onde imagina-se, tudo foi sacramentado, assinado e concretizado.
Mas voltando a operação "caça-fantasma" os tais servidores contratados estariam ligados aos gabinetes dos deputados Toinho Andrade (PHS) e Amélio Cayres (SD). O pior é que nem poderiam exercer o trabalho de assessores parlamentares pois todos tem vínculos empregatícios, uns na Câmara de Vereadores de Porto Nacional, outros trabalhavam como frentistas, caminhoneiros, professores.
Esses parlamentares não tem nenhum receio da Polícia, da Justiça, dos eleitores, nem medo, nem respeito, nem nada. Olham apenas para suas contas bancárias. Talvez estejam certos, afinal a Justiça é lerda e muitas vezes condizente com os que detém o Poder, mas implacáveis contra os "ladrões de galinha".
Policiais comprometidos em apurar, investigar, são transferidos, perseguidos e tentam barrar suas investigações. Ou seja, tudo é feito para blindar políticos corruptos, e não se tirar o véu que encobre o mar de lama da política tocantinense.
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