A Dracma volta à Secretaria Estadual de Saúde após denúncia que estariam deletando arquivos virtuais sobre o esquema da Sancil, a empresa contratada (sem licitação) para recolher lixo hospitalar em Araguaína, Porto Nacional e Gurupi. Acontece que ao contrário de efetuarem o descarte do material coletado preferiram, pra economizar, estocarem em um depósito pertencente aos proprietários. Família do deputado Olintho Neto envolvida.

Sérgio Marra/ Boca Maldita

A Dracma - Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública, realizou mais uma etapa da Operação Expurgo, com retorno à Secretaria de Saúde, ma busca de documentos referentes a processos licitatórios, perícia em equipamentos eletrônicos e extração de relatórios.

O material apreendido será periciado e irá complementar o inquérito policial que está apurando supostas fraudes em licitações.

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O começo desse imbróglio começou com a contratação, sem licitação, da Sancil Sanantônio Construtora e Incorporadora, em entre os sócios o advogado João Olinto, pai do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), com valores acima de R$ 500 mil mensais para para realizar serviços de coleta, transporte, tratamento e armazenagem de lixo hospitalar do Hospital Regional de Araguaína (HRA). Mas malandramente após coletarem o lixo o armazenavam em um galpão no Daiara (Distrito Agroindustrial de Araguaína). Mais lixo hospitalar foi encontrado enterrados em uma fazenda da família Olinto no município de Wanderlândia, norte do Estado.

Através de denúncias a Polícia Civil deflagou a Operação Expurgo, em novembro de 2018, e constatou a irregularidades. O contrato foi rescindido, tentaram abafar a maracutaia, o governador Mauro Carlesse exonerou delegados regionais, o caso repercutiu, e a operação continua.

O pai e irmão do deputado Olintho Neto foram indiciados por associação criminosa e falsidade ideológica, além de crimes ambientais.

É estarrecedor ver que o governador ao contrário de dar transparência às investigações fez o caminho inverso, tentou de todas as formas obstruir o trabalho de delegados e policiais, e assim, proteger a família de seu pupilo, deputado Olintho Neto, e logicamente aumentar às suspeitas de envolvimento do alto escalão do governo em mais esse esquema de corrupção.

Esse caso da Sancil foi a ponta do icebergue de fortes suspeitas de corrupção na administração Carlesse. A partir daí começaram a aparecer outros contratos suspeitos.