Dracma investiga mas Carlesse não quer

Parece que o governo Carlesse, se afundando em corrupção, não quer de maneira nenhuma que nada seja investigado. Com a tal reforma administrativa pretendida pelo Palácio Araguaia pode minar a Dracma-Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública. Um dos crimes investigados é a fraude em convênios da Prefeitura de Palmas e Governo do Estado com entidades sociais e esportivas, a conhecida Operação Jogo Limpo.

Sérgio Marra/Boca Maldita(TO)


No começo da operação foram presos três vereadores de Palmas: Folha Filho (PSD), Major Negreiros  (PSD) e Rogério Freitas (MDB), além de mais 19 pessoas envolvidas num esquema de desvio de R$ 7 milhões da Fundesportes em convênios com associações.


Na época muito se falava que se investigasse a fundo "pegaria", também,  deputados estaduais. Pois bem, os agentes da Dracma  se aprofundaram nas investigações e chegaram a repasses decorrentes de emendas parlamentares na Assembléia Legislativa em convênios com a Secretaria Estadual da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). Conforme divulgou hoje o jornalista Lailton Costa.


Com isso os deputados se mobilizaram e correram à Seduc pedindo que as emendas tenham outro destino que não as contas bancárias da entidades conveniadas.


Entrou também em campo o Executivo. O governador que já tinha interferido na investigação do lixo em Araguaína, protegendo seu aliado o deputado Olintho Neto (PSDB), quando exonerou até o delegado responsável pelas investigações.


Agora  o executivo estadual prepara uma Medida Provisória intitulada Reforma Administrativa, que entre outras coisas pretende desmontar a Dracma e criar uma nova delegacia, logicamente com outro delegado que seja mais acessível aos interesses do governador, e poderá assim controlar as investigações e não deixar chegar em seus aliados.


Com isso se beneficia também os vereadores palmenses que além dos que já foram presos e ouvidos, no desdobramento poderia chegar a outros parlamentares e enlamear ainda mais a Câmara de Palmas.


Como podemos ver o governador Carlesse não quer saber de investigações e para isso interfere no trabalho da Polícia Civil, e, principalmente, no excelente trabalho de agentes e delegados que procuram moralizar o Tocantins.